20 de abril de 2011

Ausência


O som deste silêncio é ensurdecerdor,
Se infiltra pelas frestas deste quarto,
Se alastra por todos os cômodos,
Abre suas asas negras sobre nosso jardim,
Mata nossas flores,
Nossos planos.
Silenciosamente murmura coisas que não quero ouvir,
Envenena,
Asfixia,
Magoa.
Grito pela casa,
Quebro pratos,
Esmurro as portas,
Mas ele sussurra sem cessar,
Que você se foi.

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