19 de abril de 2011

Devastação


Desvirginei estas palavras,
Como a dor daquele primeiro amor,
Tomei desta solidão,
Com a sofreguidão dos sedentos,
Desfrutei desta escuridão
Que se alastra em mim como a noite
Rasgando madrugada adentro.
Chorei de você, por você, sem você, para você
até secar a fonte.
Lambi minhas feridas,
Invoquei o mal e te amaldiçoei.
Roubo sua voz, seu sêmen e  seus sonhos
Apago seus rastros, seu cheiro e seu gosto.
Renasço alva, melíflua e livre
Forjada no aço líquido
Do nosso fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Designed by Simply Fabulous Blogger Templates